Junta de Freguesia de Valongo do Vouga Junta de Freguesia de Valongo do Vouga

História

A Freguesia de Valongo do Vouga pertence ao Concelho e ao Concelho e Diocese de Águeda, Distrito de Aveiro. Dista cerca de 7 Km da sede concelhia e estende-se por uma área de 43,7 km2, a noroeste do Concelho.
Zona de planalto que se estende pelas abas da serra das Talhadas, faz fronteira com Macinhata do Vouga, a Norte, Águeda, a Sul, Préstimo, a Nascente, Lamas do Vouga e Trofa do Vouga, a Poente.

Valongo do Vouga Compreende os seguintes lugares: Aguieira, Aldeia, Arrancada do Vouga, Brunhido, Carvalhosa, Cavadas de Baixo, Cavadinhas, Espinheiros, Fermentões, Lanheses, Moutedo, Paço, Picadas, Póvoa do Espírito Santo, Redonda, Sabugal, Salgueiro, Toural, Valongo do Vouga e Veiga.
Sendo a maior Freguesia a nível de área e a segunda mais populosa do Concelho de Águeda, São Pedro de Valongo do Vouga participa do intenso tráfego de pessoas e bens que caracteriza toda a zona envolvente da cidade, fazendo como que a transição para a zona serrana por onde passa o IP 5.
Tal posição intermédia marcou, desde sempre, o povoamento de toda a Freguesia e constituiu um motor de desenvolvimento e modernidade para esta localidade.

Actualmente, a freguesia de Valongo do Vouga pertence ao concelho de Águeda, sendo uma das maiores das suas 20 freguesias. Localiza-se na margem esquerda do rio Vouga, que lhe dá o nome, sendo banhada pelo rio Marnel e suas ribeiras situadas no Pedrozelo, Aguieira e do Beco. A freguesia é ainda atravessada pelo caminho de ferro, Ramal de Aveiro, que tem uma extensão de 34,58KM.

Logo à entrada de Águeda, encontramos a histórica vila de Aguieira, antigo concelho que chegou a receber foral concedido por D. Manuel, em 1514. A seguir, vem o lugar de Arrancada do Vouga, que constitui o maior aglomerado urbano, mais populoso e mais moderno, organizado em torno das estradas que conduzem a Águeda, à sede da Freguesia e a A-dos-Ferreiros, passando para a IP 5. Mesmo ao lado, situa-se lugar de Brunhido, outrora um concelho medieval com relativa importância cultural, histórica e económica.

Foi morada de rainhas, teve propriedades reais e casas de fidalgos, entre outros. Este lugar tinha quatro “cavalarias”, tantas quanto havia no lugar de Lanheses, que eram organizadas nos lugares mais populosos, servindo de estrutura base ao exército medieval.
Entre os lugares de Arrancada e Brunhido, encontramos o lugar do Paço, um sítio alto e aprazível, cujo topónimo remete para o passado nobre desde território, pertença da nobre família dos “Marnel” de Riba do Vouga e do Conde Ermenegildo Mendes e sua filha Enderquina Mendes “Pala”, fundadora do Mosteiro de Lamas.
Supõe-se que o povoamento inicial tenha começado por uma ocupação agrária em trono da Civitas do Marnel, situada numa pequena elevação estratégica – o Cabeço do Vouga – de natureza castreja e que tinha por função o tráfego que aqui confluía vindo do interior – Viseu – e do eixo Norte – Sul.

Durante a romanização, a situação de Cabeço do Vouga tornou o local num importante nó rodoviário. É natural que todas as terras agrícolas das proximidades, de terrenos férteis e irrigadas por pequenos da margem esquerda do Vouga, se tenham rapidamente organizado segundo o sistema comum das “Villas” agrárias. Por isso é que hoje, se encontram campos agrícolas a separar os vários lugares, organizados em forma de vale alongado, de onde parece ter derivado o topónimo Valongo do Vouga.
Apesar de Valongo do Vouga ter tido sempre notáveis intelectuais e bons investigadores, a riqueza do passado histórico desta Freguesia desapareceu quase tontamente, até da memória das próprias populações. No entanto, há ainda monumentos de grande beleza arquitectónica que nos permitem regressar a esses tempos remotos.

Administrativamente, a freguesia de Valongo foi, na Idade Média, da terra do Vouga e, por isso, do Concelho de Vouga, até à extinção deste, em 31 de Dezembro de 1853. Foi nesta data que passou a pertencer ao Concelho de Águeda.
Relativamente à toponímia de Valongo, sabe-se que tem origem no latim “Vallum Longum”, que significa “vale longo”.

Em termos demográficos, pode-se afirmar que a Freguesia de Valongo do Vouga tem registado um aumento populacional nas últimas décadas.
Fazendo uma retrospectiva, em 1991, registavam-se 4713 habitantes, 1533 edifícios e 1422 famílias nesta Freguesia. De acordo com os Censos de 2001, o número de habitantes ascendeu aos 5300,dos quais 4231 são eleitores recenseados.
Dividindo este número populacional por faixas etárias, conclui-se que 63% da população é representada pela população activa; por sua vez, 19% é representada pela população com mais de 65 anos de idade, finalmente, 18% tem menos de 15 anos.


Lugares da Freguesia

Aguieira
Este lugar foi cabeça de um pequeno concelho com o foral dado por D.Manuel I a 6 de maio de 1514. Veio a ser extinto, por decreto de 6 de Novembro e 31 de Dezembro de 1836, tendo depois sido integrado no concelho de Águeda então criado.
Augusto Soares de Souza Baptista no seu estudo "Terras do Concelho de Águeda", publicado pelo arquivo Distrito de Aveiro, vol. XVII diz que a aldeia actual deve ter-se formado depois do século XIII. Acredita-se que Aguieira vem de ÁQUILA (águia) porque diz-se que era um lugar de águias. No entanto, há quem diga que deriva de água como Águeda e relaciona-se com a nascente que havia ali e que outrora era mais fundo, formando um charco.

Aldeia
È um pequeno lugar situado a poente de Arrancada do Vouga onde se localizam as escolas primárias. Segundo Memórias Paroquiais de Vallongo, do ano 1758, este lugar chamava-se, inicialmente, Arrancadinha, tinha 15 vizinhos e 46 pessoas.

Arrancada do Vouga
O nome de Arrancada surge pela primeira vez num documento intitulado "Inquirição na Terra do Vouga" no ano de 1282.
Joaquim Soares de Souza Baptista no seu estudo "Terras do Concelho de Águeda", publicado pelo arquivo Distrito de Aveiro, vol. XVII diz que a terra onde está hoje Arrancada deve ter sido doada por Afonso Henriques ou Sancho I a algum ou a alguns para arrancarem a floresta e fazer terra de pão para a "povoarem, plantarem e edificarem".

Brunhido
Este lugar, só pode ter sido cabeça de um pequeno concelho, merece que se atente no seu nome: em 1220-Brunido; em 1282-Bonido; em 1450-Bbrunido; 1516-Brunhedo; em 1708; Brunhido, actual. Quanto ao topónimo, tudo indica que tem a sua origem num local onde existiam, em tempos remotos, pomares de ameixoeiras e abrunheiros. Em Brunhido, passa um rio cujo nome é "Rio da Garganta", este é um local calmo e merecedor de visita, pois para além das belas águas correntes, tem também uma vasta floresta e moinhos antigos. Neste lugar encontra-se a capela de Santo Estêvão, do século XIII-XIV.

Cadaveira
Este lugar, nasce pela primeira vez no ano de 1282, relacionado com a Inquirição na Terra do Vouga, no reinado de D. Diniz. Em 1721, nas Informações Paroquiais, surge a mesma Cadaveyra, pertencendo ao Concelho de Vouga, com uma capela de Santo Amaro, com 14 fogos e 45 pessoas. Esta aldeia, no dia 20 de Agosto de 1972, devido a um grande incêndio que devastou toda a floresta da região, foi quase tudo destruído, incluindo a capela de Santo Amaro. Situa-se na zona serrana da Freguesia de Valongo do Vouga, e a estrada da Cadaveira faz ligação á E.N.333.

Carvalhal da Portela
Em termos históricos, no livro"Município de Águeda", pároco Francisco Dias Ladeira, vol. II, na pag. 269, encontramos o seguinte, que nos dá uma ideia da sua origem:"O Carvalhal da Portela, a que já nos referimos, por causa do Castro do Marnel, ou outro, por significar Portela, o caminho do Castro tem a sua capela dedicada a S. Marcos, imagem corrente, de Pedra de Sec. XVII." Como referido pelo Pároco Francisco Ladeira, a Capela de S. Marcos é do Século XVII, mas devido a estar bastante degradada, foi remodelada no ano 2000. Nesta aldeia, ainda passa a linha dos caminhos-de-ferro do Vouga.

Carvalhosa
Este lugar, aquando da criação dos municípios de Aguiera e de Brunhido, em 1614 e 1616, respectivamnte, ficou a pertencer metade ao município de Aguieira, a parte poente, e a outra metade ao município de Brunhido, a parte nascente. Com a extinção destes dois minicípios em 1834 e a criação do concelho de Águeda, foi integrado neste concelho, como toda a Freguesia de Valongo do Vouga.

Fermentões
Este lugar, aparece pela primeira vez nos documentos históricos referenciando ao ano de 1050, com o nome de Faramontanos, no inventário mandado organizar por Gonçalo Viegas. Esse inventário diz:"Herdades que ganhou nas margens do Vouga, em que se mencionam os lugares de Faraganes, Crestello, Arrável, Vallelngum e Faramontanos, etc." nas memórias Paroquiais de 1758, já nos aparece o nome de Formentoens. É neste lugar que está situada a Fundação Nossa Senhora da Conceição, que presta apoio aos idosos de toda a Freguesia. Actualmnte, não rxiste nenhum Santo padroeiro neste lugar, mas qwundo terminarem as obras da capela, será abraçada a Nossa Senhora da Saúde.

Lanheses
Este lugar, surge em 1101 com o nome de Laneses, em 1120 Laesees e em 1721 Lanheses, acual.

Levegadas
Quanto ao seu topónimo, verificamos que no livo "Município de Águeda", do Padre Francisco Dias Ladeira, vol. II, pág. 262, consta que, Lavegadas deriva do latim Lavicata de lavegar, com a circuntãncia de se tartar de topónimo bastante ferquente no norte do país. Levegadas tem uma capela, que invoca a Santa Rita. Esta capela foi construída no século XVIII, pelo Padre António Gomes Ferreira.

Moutedo
Desconhece-se a origem deste lugar. Quanto ao seu topónimo, a enciclopédia Portuguesa e Brasileira, nas descrição do lugar de Valongo, diz que o lugar de Moutedo, por certo deriva de "Moita". Este lugar tem uma capela, que invoca a Santa Ana. Não se encontra referências em relação à data da construção da capela, no emtanto já em 1758, existiam algumas menções desta capela, nass informações paroquiais. Moutedo sítua-se na zona serrana da freguesia de Valongo do Vouga, por isso é um local sossegado e acolhedor.

Outeiro
É um pequeno lugar, situado a Sul da sede de Freguesia, do qual não há quias quer referências históricas.

Paço
Neste lugar e deste tempo muito longínquos, existem vários moinhos de água, de moer cereais, actualmente se encontra a laborar.

Póvoa do Espírito Santo
Não existem quaisquer referências antigas, quanto a este lugar. No entanto, deve se realçar que é neste lugar onde se encontra a sede da Junta de Freguesia de Valongo do Vouga, desde o ano de 1958, o edifício antigo já removido, e desde 1999 o edifício actual. Este lugar tem uma capela construída pela Junta de Freguesia, denominada de "Capela do Dívino Espírito Santo".

Redonda
Nos vários documentos históricos consultados, não se encontra qualquer referência a este lugar. Em 1986, a população do lougar teve a iniciativa de construir uma capela, sendo a sua padroeira a Nossa Senhora das Dores. Esta capela, é a mais recente de toda a Freguesia, foi inaugurada a 28 de Setembro de 1986. Neste lugar, criou-se a 16-10-1997 a ACRAR-Associação Cultural e Recreativa dos Amigos da Redonda, que tem por objectivo defender os interesses da população do lugar. Actualmente, encontra-se em construção a sede social de ACRAR.

Sabugal
Este lugar situa-se na parte Sul do lugar de Valongo. Qunto ao seu topónimo, diz-se que deriva da palavra latina "Sanbucale", mas também se diz que poderá derivar de "Sabugueiro". Nas infromaçãoes paroquiais, do ano de 1721, constam os seguintes dados:"Sabugal concelho Vouga com 9 fogos e 31 pessoas, incluindo clérigo".

Salgueiro
Este lugar situa-se zona serrana da Freguesia de Valongo do Vouga. Tem uma capeloa em que o Santo padroeiro é o Santo André. Não se conhecem os dados sobre a data da construção da capela, mas os primeiros dados conhecidos datam o ano de 1721, nas informações paroquiais:" Lugar do Salgueiro. Concelho do Vouga.Há huã cappella de S. André".

Sobreiro
Este é um lugar muito importante na Freguesia de Valongo do Vouga, no passado com muita história. Antigamente chamava-se Sobreiro-Chão.Tem uma escola primária, que abriu oficialmente no dia 2 de Maio de 1979, mas que por falta de alunos encerrou no dia 23 de Junho de 2006. A capela existente neste lugar, é uma capela particular, fundada pelo Padre Agostinho de Sancto António, em 1627.Esta capela, ´situa-se junto á casa da Quinta do Sobreiro, onde residia. A Santa Padroeira é a Nossa Senhora das necessidades.

Valongo
Aparece nos primeiros documentos históricos, por volta do ano 900, com o nome de Uatle Longum, em 1283, nas Inquirições ordenadas pelo rei D. Diniz, com o nome de Valõgo, em 1721, nas informações paroquiais, com o nome de Vallongo, e mais recentemente com o nome de Valongo, actual. Em termos topónimos, Valongo significará um vale longo, comprido, extenço. Inicialmente, o lugar de Valongo, era uma povoação muito pequena, junto ao campo. A Igreja ficava na parte mais alta do lugar, isolada deste. Valongo tem um largo conhecido por "Lameirão", é um local de convívio, bonito e ajardinado. Junto a este lugar, situa-se a Igreja Matriz da Freguesia, cujo o Santo Padroeiro é o S. Pedro

Veiga
Neste lugar, havia antigamente, algumas oficinas de fazer pregos e cravos, é um lugar extremamente conhecido pelo " Pão da Veiga", um pão caseiro, de milho e trigo. Na Veiga, situa-se um campo de futebol, pertencente à Junta de Freguesia, sendo habitualmente usado pela Associação Desportiva Valonguense, para treinos e jogos das camadas jovens, cujo o nome é conhecido pelo "Campo Sousa Batista". Tem também três cruzeiros que significam o "Calvário". A capela da Veiga datada de 1702, tem a Santa padroeira da Nossa Senhora das Preces, Santa essa já muito antiga, de contrução em madeira e a Nossa Senhora dos Remédios

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